Aplicação do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) para a análise espaço-temporal da Bacia Hidrográfica do rio Terra Nova, Pernambuco, Brasil

Nara Tôrres Silveira, Tayran Oliveira dos Santos, Igor Maciel Tibúrcio, Josiclêda Domiciano Galvíncio

Resumo


DOI

Estudar o Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) em bacias hidrográficas é extremamente importante, uma vez que, auxilia na gestão e consequentemente numa melhor tomada de decisão. O objetivo deste estudo foi analisar as mudanças no uso e ocupação do solo em uma área do semiárido pernambucano. O estudo apreendeu-se em três imagens Landsat 5 e 8 entre os anos de 1998, 2008 e 2018 na Bacia Hidrográfica do rio Terra Nova. No ano de 1998, foi possível observar valores de NDVI entre (0,1 – 0,4), evidenciando vegetação de cobertura “rala”. Em 2008, verifica-se NDVI com valores predominantes entre (0,1 – 0,3), apresentando vegetação de cobertura “rala” e maiores áreas de solo exposto.  No ano de 2018, os valores de NDVI predominantes ficaram entre (0,2 – 0,4), classificando-se como vegetação de cobertura “rala”, se assemelhando ao ano de 1998. Os valores de NDVI apresentados evidenciam uma mudança na dinâmica da cobertura vegetal da bacia, também foi possível observar a inserção de corpos hídricos através dos reservatórios Nilo Coelho e Serra do Livramento provenientes do Projeto de Integração do rio São Francisco (PISF). Contudo, conclui-se que apesar do predomínio das áreas de Caatinga na bacia, houve uma intensificação da ação antrópica ao longo dos anos, com o crescimento das áreas agrícolas, por consequência da maior disponibilidade hídrica na região.

 


Palavras-chave


Sensoriamento remoto, NDVI, Semiárido, Caatinga.

Texto completo:

PDF (Português)

Referências


Allen, R. et al. (2002). SEBAL (Surface Energy Balance Algorithms for Land). Advanced Training and Users Manual – Idaho Implementation, version 1.0.

Almeida, D. N. O. de, Oliveira, L. M. M. de, Silva, C. B. da, Bezerra, U. A., Farias, M. de o., & Candeias, A. L. B. (2017). Análise das Bacias Hidrográficas do Rio Brígida, Rio Terra Nova e Grupo de Bacias de Pequenos Rios Interiores 9 (GI9) de Pernambuco usando Índices de Vegetação e de Umidade. Anais do Congresso Brasileiro de Cartografia. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 711-715.

Andrade, C. B., Oliveira, L. M. M. de, Omena, J. A. M., Gusmão, A. C. V. e L., & Rodrigues, D. F. B. (2018). Avaliação de Índices de vegetação e características fisiográficas no Sertão Pernambucano. Revista Brasileira de Meio Ambiente, 4 (1), 97-107.

Araújo, C. L., Medeiros, J. J. B. de, Silva, I. A. da, Pinto, E. M. da C., & Silveira, B. D. A. da (2019). Utilização do NDVI para Análise dos Efeitos da Seca na Vegetação da Bacia Piranhas-Açu. Anais do Congresso Nacional de Pesquisa e Ensino em Ciências. Campina Grande, PB, Brasil, 1-9.

APAC - Agência Pernambucana de Águas e Clima (2022). Bacias Hidrográficas - Rio Terra Nova. Disponível em: http://200.238.107.184/bacias-hidrograficas/40-bacias-hidrograficas/207-bacia-do-rio-terra-nova. Acesso em: 05/07/2022.

Barros, A. S., Farias, L. M. de, & Marinho, J. L. A. (2020). Aplicação do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) na Caracterização da Cobertura Vegetativa de Juazeiro Do Norte – CE. Revista Brasileira de Geografia Física, 13 (6), 2885-2895.

Caetano, R., Silva, T. B., Benfica, N. N., & Castro, D. R. de. (2022). Uso de índices espectrais na caracterização da cobertura vegetal em região de Caatinga do Semiárido Baiano. Revista de Geociências do Nordeste, 8 (2), 28-43.

Chander, G., & Markham, B. (2003). Revised Landsat-5 TM Radiometric Calibration Procedures and Postcalibration Dynamic Ranges. IEEE Transactions on Geoscience and Remote Sensing, 41 (11).

Chaves, I. de B., Francisco, P. R. M., Lima, E. R. V. de., Silva, B. B. da, Brandão, Z. N., & Chaves, L. H. G. (2013). Índices espectrais, diagnóstico da vegetação e da degradação da Caatinga da Bacia do Rio Taperoá-PB. Embrapa Algodão. Relatório Técnico. Disponível em < https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/977328/indices-espectrais-diagnostico-davegetacao-e-da-degradacao-da-caatinga-da-bacia-do-rio-taperoa-pb >. Acesso em: 19 nov. 2022.

Chaves, J. I., & Pinto Filho, J. L. de O. (2020). Ordenamento Territorial no Semiárido Brasileiro: Análise do Uso e Cobertura das Terras da Sub-Bacia Hidrográfica do Riacho Encanto/RN. Revista Equador, 9 (4), 253-274.

Costa, G. J. A., Ribeiro, K. V., & Albuquerque, E. L. S. (2020). Aplicação do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) na avaliação da cobertura vegetal do município de Regeneração, Estado do Piauí, Brasil. Revista Geonordeste. 2, 230-246.

Folharini, S. de O., & Souza, S. O. (2019). Mapeamento do Uso e Ocupação da Terra do Município de Petrolina (PE) – Médio Vale do Rio São Francisco Através do NDVI de Imagem LANDSAT 8 (OLI). Revista Equador, 8 (2), 489-502.

Galvíncio, J. D. Estimativa da temperatura da superfície com imagens obtidas com drones. Journal Of Hyperspectral Remote Sensing, 9 (6), 397-406.

Janssen, T. A. J., Ametsitsi, G. K. D., Collins, M., Adu-Bredu, S., Oliveras, I., Mitchard, E. T. A., & Veenendaal, E. M. (2018). Extending the baseline of tropical dry forest loss in Ghana (1984–2015) reveals drivers of major deforestation inside a protected area. Biological Conservation, 218, 163-172.

Leite, A. P., Santos, G. R., & Santos, J. É. O. (2017). Análise Temporal dos Índices de Vegetação NDVI e SAVI na Estação Experimental de Itatinga utilizando Imagens LANDSAT 8. Revista Brasileira de Energias Renováveis, 6 (4), 606-623.

Medeiros, R. L. B. de., Sousa, G. de M., Figueiredo, C. F. V. de, Formiga, A. C. de S., Oliveira, F. F. D. de, Oliveira, P. A. T. de, Nascimento, R. R. A., Monteiro, A. O., & Leite, A. C. N. (2022). Resposta espectral do comportamento do NDVI e NDWI diante de diferentes intensidades pluviométricas na cidade de Patos – PB. Research Society and Development. 11 (3), 1-14.

Melo, E. T., Sales, M. C. L., & Oliveira, J. G. B. de. (2011). Aplicação do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) para Análise da Degradação Ambiental da Microbacia Hidrográfica do Riacho dos Cavalos, Crateús-CE. Raega - O Espaço Geográfico em Análise, 23, 520-533.

Moraes Neto, J. M., Pereira, J. S., Bezerra, A. E., Silva, M. J. da, & Sena, J. P. de O. (2018). Análise das Classes de Cobertura Vegetal no Município de Taperoá – Paraíba. Anais do Congresso Técnico Científico da Engenharia e da Agronomia. Maceió, AL, Brasil, 1-5.

Nascimento, S. S., Lima, E. R. V. de, & Lima, P. P. S. de. (2014). Uso do NDVI na análise temporal da degradação da Caatinga na Subbacia do Alto do Paraíba. Revista OKARA: Geografia em debate, 8 (1), 72 -93.

Oliveira, T. H.et al. Índice de umidade (NDWI) e análise espaço-temporal do albedo da superfície da bacia hidrográfica do rio Moxotó-PE. Revista Brasileira de Geografia Física, 2010.

Peruzzo, J. S., Pereira, M. C. dos S., Silva, L. D. R. da, Oliveira, B. S. de, & Silvino, G. da S. (2019). Sensoriamento remoto aplicado ao monitoramento ambiental da bacia do Alto Piranhas, Semiárido Nordestino. Revista Brasileira de Meio Ambiente, 7 (3), 28-37.

Rouse, J. W. et al. (1973). Monitoring vegetation systems in the great plains with ERTS. In: Earth Resources Technology Satellite-1 Symposium, 3, Washington, 1973. Proceedings... Whashington: NASA, 1, 309-317.

Santos, F. de A. dos & Oliveira, W. A. S. (2015). Aplicação do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) para Avaliação da Cobertura Vegetal do Entorno do Açude Caldeirão, em Piripiri (PI), Brasil. Revista Equador, 4 (2), 114-127.

Silva, B. B. da et al. (2016). Procedures for calculation of the albedo with OLI-Landsat 8 images: Application to the Brazilian semi-arid. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, 20 (1), 3–8.

Silva, D. D. E., Moraes Neto, J. M. de, Rios, F. R. de A., Fernandes, M. de F., & Silva, J. M. da (2017). Análise das Classes de Cobertura Vegetal no Entorno da Bacia Hidráulica do Açude Jatobá II, em Princesa Isabel-PB. Anais do Congresso Técnico Científico da Engenharia e da Agronomia, Belém, PA, Brasil, 1-5.

Silva, D. A. de O., Alves, E. da S., Lopes, I., Santos, W. M. dos., & Silva, E. M. da. (2019). Análise e Mapeamento da Degradação por Sensoriamento Remoto na Estação Ecológica Raso da Catarina-Semiárido Brasileiro. Revista Engenharia na Agricultura, 27 (5), 420-430.

Silva, T. J. R. D., Leite, J. C. A., Cavalcanti, A. K. G., Dantas, J. S., Sousa, F. Q. de., Nascimento, M. B. do, Medeiros, J. L. da S., Rocha Neto, O., Campos, G. M., & Santos, L. C. de A. (2021). Análise da Susceptibilidade à Erosão Hídrica em uma Bacia Hidrográfica do Semiárido Brasileiro. Revista Brasileira de Geografia Física, 14 (3), 1443-1457.

Tôrres Silveira, N., Martins, L. D., Oliveira, T. H. (2022). Análise espaço temporal da cobertura vegetal da bacia hidrográfica de Terra Nova - Pernambuco. In: Fabrizio de Luiz Rosito Listo; Danielle Gomes da Silva Listo; Igor Gustavo Ferreira de Oliveira; Leonardo Cristiano da Silva Freitas. (Org.). A Cartografia na Era Digital. 1ed.Recife: Editora MapGeo - Mapeamentos e Soluções Geográficas, Empresa Jr., 71-80.

Soares, J., Danelichen, V. H. de M., Pereira, O. A., & Martins, A. L. (2020). Estudo da dinâmica espaço-temporal do NDVI no município de Sorriso-MT. Revista Brasileira de Geografia Física, 13 (2), 834-841.

Ventura, S. J., Miranda, L. C., & Silva, E. V. da. (2019). Índice de vegetação por diferença normalizada (NDVI) no médio curso do Rio Ceará. Revista Ibero-Americana de Ciências Ambientais, 10 (1), 252-261.

Vieira, I. C. B., & Ribeiro, E. A. W. (2021). Influência do uso e ocupação do solo na qualidade da água no rio ItajaÍ-Açu, Santa Catarina. Revista de Geografia, 38 (2), 396-420.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Revista Brasileira de Sensoriamento Remoto | ISSN: 2675-5491

CC-BY 4.0 Revista sob Licença Creative Commons
Language/Idioma
02bandeira-eua01bandeira-ingla
03bandeira-spn