Qualidade da Água e Modelagem Hidrológica: aplicabilidade do Sistema de Unidades de Respostas Hidrológicas para Pernambuco (SUPer)

Nara Tôrres Silveira, Heitor Tôrres Silveira, Igor Maciel Tibúrcio, Josiclêda Domiciano Galvíncio

Resumo


DOI

Com o crescimento populacional e a expansão econômica, faz-se necessário uma melhor observação e gestão dos recursos hídricos. Porém existe um déficit nos dados de monitoramento hidrológico no Brasil, sobretudo em corpos hídricos do Nordeste brasileiro. Deste modo, a modelagem ambiental surge como uma alternativa para suprir a falta de séries históricas de qualidade da água. O presente trabalho traz uma análise temporal dos parâmetros de qualidade da água (Oxigênio dissolvido, Nitrogênio, Fósforo) compreendendo os anos de 2010 à 2020, totalizando 120 meses. Tendo em vista o desafio que manutenção e avaliação da qualidade da água, além da falta de dados observados, foram utilizados os dados estimados disponíveis no SUPer (Sistema de Unidades de Respostas Hidrológicas para Pernambuco), para a bacia hidrográfica do Rio Moxotó, inserida na bacia hidrográfica do Rio São Francisco. De acordo com os limites estabelecidos pelo CONAMA n° 357/2005, o oxigênio e o nitrogênio apresentaram valores em sua maioria dentro dos limites de qualidade, com algumas exceções no período chuvoso. O fósforo apresentou valores acima do limite em 50% da análise, o que pode estar associado ao período chuvoso, como também atividades antrópicas.


Palavras-chave


Monitoramento, Recursos hídricos, Modelagem ambiental, Bacias hidrográficas, SUPer.

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Revista Brasileira de Sensoriamento Remoto | ISSN: 2675-5491

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