Taxas de Desflorestação vs Emissão de Dióxido de Carbono no Município do Luau (Moxico-Angola) entre 2008 e 2017

Amélia Ngueve Sachindele Zaqueo, Isau Alfredo Bernardo Quissindo

Resumo


DOI

Tendo em conta a exploração intensiva de massas florestais no Leste Angolano (que cruza com a Bacia do Congo) e na falta de dados de inventário florestal tradicional, foram utilizados recursos de detecção remota (imagens Landsat 7 TM e 8) para estimar a taxa de desflorestação no município Luau, província do Moxico, no período 2008-2017. Para tal, primeiramente foi necessário identificar as principais classes de uso e ocupação de solo, analisar sua dinâmica anual e relacionar a perda de área florestal com a quantidade de dióxido de carbono emitido na zona e período em estudo. Os dados foram obtidos desde os servidores geoespaciais Maplibrary, ESA e Libra. Com base na proposta metodológica de Hansen et al. (2013), e utilizando as imagens de satélites foram analisados os parámetros citados anteriormente. Os principais resultados do estudo são: As classes de uso e ocupação de solo que ocorrem no município de Luau, província do Moxico, são: florestas com 52%,  arbustos com 16%, vegetação herbácea 12%, zona agrícola 8%, solo exposto 6%, zona urbana 5% e água 1%. A análise da dinâmica anual da vegetação entre 2008 e 2017 na zona de estudo, mostrou que a taxa de desflorestação é de 1 745 ha / ano, sendo 145 ha / mês e 5 ha / dia; já a taxa de regeneração estimada é de 6 ha / ano, sendo 0,5 ha / mês e 0,02 ha / dia. A quantidade de dióxido de carbono emitido a atmosfera na zona e período em estudo é de 11,4 t / ha, sendo 1 kg / m2 e 436 100 t / ano, sendo 36 342 t / mês e 1 211 t / dia.


Palavras-chave


Dinâmica da vegetação; Dióxido de carbono; Lansat; Bacia do Congo

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Revista Brasileira de Sensoriamento Remoto | ISSN: 2675-5491

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