Utilização do Produto AST08 do sensor ASTER para estudo da Temperatura da Superfície Continental (TSC) na cidade do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro)

Randy Rodrigo Gonçalves dos Santos, Andrews José de Lucena, Vitor Fonseca Vieira Vasconcelos de Miranda

Resumo


O uso do Sensoriamento Remoto em estudos de clima urbano, tem uma importante contribuição no mapeamento e identificação dos espaços de calor e frescor. Os satélites/sensores são diversos, com destaque para os produtos com bandas termais das séries LANDSAT, SENTINEL, MODIS, entre outros, que se diversificam pelas suas especificações técnicas. Neste trabalho exploramos o sensor ASTER (Advanced Spaceborne Thermal Emission and Reflection Radiometer) que é um instrumento de imagem a bordo do satélite TERRA, o principal satélite do Earth Observing System (EOS) da NASA. O ASTER disponibiliza dados de Temperatura da Superfície Continental (TSC), pelo produto AST08, com resolução espacial de 90m e tamanho das cenas de 60x60 km, pela manhã e à noite. O objetivo do trabalho é mapear a TSC na cidade do Rio de Janeiro com o sensor ASTER e identificar os espaços de calor e de frescor, noturno e diurno, em cada região. Para este trabalho, a cidade foi dividida em Áreas de Planejamento (AP), conforme a divisão oficial da Prefeitura do Rio de Janeiro, e escolhidas uma amostra para cada uma das áreas. Os resultados indicam que os bairros mais urbanizados e com baixa área verde abrigam as manchas com maior TSC, como as AP-1 e 3. A Zona Sul (AP-2), mesmo em suas áreas urbanas apresentam temperaturas mais amenas, por conta de mais espaços verdes. O sensor ASTER é um diferencial nos estudos da Ilha de Calor Urbana por conta das imagens diurnas e noturnas que mostram as variações no padrão térmico e espacial.


Palavras-chave


Sensoriamento Remoto Termal; Sensor ASTER; Temperatura da Superfície Continental; Cidade do Rio de Janeiro.

Texto completo:

PDF (Português)

Referências


Abrams, M., Hook, S., & Ramachandran, B. (2002). ASTER user handbook, v2: Advanced Spaceborne Thermal Emission and Reflection Radiometer. Pasadena: Jet Propulsion Laboratory (JPL).

Alfonso, F. S. (2018). Calculo de temperatura de superficie a partir de imágenes NOAA, LANDSAT Y SENTINEL-3. Universitat Politècnica de València (UPV), 2-10.

ASTERWEB. (2004). Advanced Spaceborne Thermal Emission and Reflection Radiometer. Acesso em: 15 de dezembro de 2023, disponível: https://asterweb.jpl.nasa.gov

Cheval, S., Dumitrescu, A., & Bell, A. (2009). The urban heat island of Bucharest during the extreme high temperatures of July 2007. Theoretical and Applied Climatology, 97, 391–401.

Dias, C. P. S. (2010). Análise das Licenças Ambientais emitidas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Rio de Janeiro (Monografia). Instituto de Florestas, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica.

dos Anjos, A., Delgado, R., Oliveira Júnior, J. F., Gois, G., & Moraes, N. (2013). Temperatura da Superfície Continental Associada aos Eventos Meteorológicos na cidade do Rio De Janeiro, RJ. Enciclopedia Biosfera, 9(17).

Fernandes, R. P. (2021). Avaliação do fenômeno ilha de calor urbana nas Capitais Nordestinas a partir dos dados do Satélite Sentinel – 3 SLSTR (Monografia). Instituto de Ciências do Mar, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza.

Ferreira, H. V. L., & Ugeda Junior, J. C. (2020). Variação da temperatura da superfície através de imagens Aster em zonas climáticas locais da cidade de Cuiabá, Brasil. Revista Brasileira de Climatologia, 26, 393-410.

Fuckner, M. A. (2007). Aplicação de Imagens ASTER no Estudo do Ambiente Urbano de São Paulo e Rio De Janeiro (Dissertação). Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), São José dos Campos.

Fuckner, M. A., Moraes, E. C., & Florenzano, T. G. (2009). Processamento de dados multiespectrais termais aplicado à análise espaço-temporal dos padrões de temperatura da superfície nas Regiões Metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro. In XIV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto (pp. 1369-1376).

Imhoff, M. L., Zhang, P., Wolfe, R. E., & Bounoua, L. (2010). Remote sensing of the urban heat island effect across biomes in the continental USA. Remote Sensing of Environment, 114(3), 504-513.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (n.d.). Panorama da cidade do Rio de Janeiro. Acesso em: 20 de dezembro de 2023, disponível: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/rio-de-janeiro/panorama

Jet Propulsion Laboratory (JPL). (n.d.). ASTER L2 Surface Kinetic Temperature. Acesso em: 20 de dezembro de 2023, disponível: https://lpdaac.usgs.gov/products/ast_08v003/

Liu, L., & Zhang, Y. (2011). Urban Heat Island Analysis Using the Landsat TM Data and ASTER Data: A Case Study in Hong Kong. Remote Sensing, 3, 1535-1552.

Lombardo, M. A. (1985). Ilha de Calor nas Metrópoles. São Paulo: Editora Hucitec.

Lucena, A. J. (2012). A ilha de calor na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (Tese de Doutorado). Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE), UFRJ, Rio de Janeiro.

Lucena, A. J., & Peres, L. F. (n.d.). Métodos em clima urbano aplicados à cidade do Rio de Janeiro (Brasil) e sua região metropolitana. The Overarching Issues of the European Space: Society, Economy and Heritage in a Scenario, 312-326.

Lucena, A. J., Peres, L. F., & Miranda, V. F. V. V. (2018). Os espaços de calor da Região Metropolitana e cidade do Rio de Janeiro. In A. C. Oscar Junior & N. B. Armond (Eds.), A climatologia geográfica no Rio de Janeiro: reflexões, metodologias, e técnicas para uma agenda de pesquisa (pp. 45-67). Curitiba.

Nascimento, D. T. F., & Barros, J. R. (2009). Identificação de Ilhas de Calor por Meio de Sensoriamento Remoto: Estudo de Caso no Município de Goiânia – GO/2001. Boletim Goiano de Geografia, 29(1), 119-134.

Perera, A. T. D., Coccolo, S., Scartezzini, J., & Mauree, D. (2018). Quantifying the impact of urban climate by extending the boundaries of urban energy system modeling. Applied Energy, 222.

Ribeiro, J. C. (2021). SENSOR ASTER: Análise de Publicações a Partir do Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto. Revista Equador (UFPI), 10(1), 118-135.

Rizwan, A. M., Dennis, L. Y., & Chunho, L. I. U. (2008). A review on the generation, determination and mitigation of urban Heat Island. Journal of Environmental Sciences, 20(1), 120-128. https://doi.org/10.1016/S1001-0742(08)60019-4

Romero, H. A., & Peña, M. A. (2006). Relación espacial y estadística entre las islas de calor de superficie, coberturas vegetales, reflectividad y contenido de humedad del suelo, en la ciudad de Santiago y su entorno rural. Santiago, Chile: Universidad de Chile.

Sarricolea, P., Smith, P., Romero, H. A., Notivoli, R. S., Fuentealba, M., & Ruiz, O. M. (2022). Socioeconomic inequalities and the surface heat island distribution in Santiago, Chile. Science of The Total Environment, 832, 155152, 13p. https://doi.org/10.1016/j.scitotenv.2022.155152

Stewart, I. D., & Oke, T. R. (2012). Local Climate Zones for Urban Temperature Studies. Bulletin of the American Meteorological Society, 93(12), 1879-1900. https://doi.org/10.1175/BAMS-D-11-00019.1

Streutker, D. R. (2003). Satellite-measured growth of the urban heat island of Houston, Texas. Remote Sensing of Environment, 85(3), 282-289. https://doi.org/10.1016/S0034-4257(03)00007-5

Teza, C. T. V., & Baptista, G. M. M. (2005). Identificação do fenômeno ilhas urbanas de calor por meio de dados ASTER on demand 08 – Kinetic Temperature (III): metrópoles brasileiras. In XII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto (pp. 3911-3918).


Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Revista Brasileira de Sensoriamento Remoto | ISSN: 2675-5491

CC-BY 4.0 Revista sob Licença Creative Commons
Language/Idioma
02bandeira-eua01bandeira-ingla
03bandeira-spn